quarta-feira, 27 de abril de 2011

De repente, adeus Chupeta!!!!


De uma hora para outra, o Pedro resolveu que não queria mais chupar chupeta.

Dia 16 de abril eu estava brincando com eles lá fora, sentada na calçada, com a Natália pendurada em mim e o Pedro dando voltas com sua motoquinha e do nada, ele sentou-se ao meu lado e me disse que não ia mais chupar chupeta. Conversei com ele, disse que achava ótimo mesmo, que ele já estava ficando grande e que ele não deveria mais usar mesmo. E ele concordou com tudo. Então combinamos de trocar a chupeta por um ovo de chocolate (eu já havia sugerido que ele deixasse sua chupeta na páscoa, para trocar com o coelhinho, mas ele não estava muito empolgado com isso não...) ou por um presente. Mas confesso que não acreditei muito nessa conversa não.
Quando chegou a noite, só achei uma das dezenas de chupetas que tem pela casa (tudo bem que as rosas não valem porque são da Natália e ele não gosta das chupetas dela - tudo bem que são todas iguais, só muda a cor, mas ele é não usava de jeito nenhum....) e justamente a que encontrei estava furada. Eu disse para ele que não havia outra e que ele tinha dito que não ia mais chupar chupeta, então ele que não dormisse com nenhuma. E ele dormiu sem chupeta. E no dia seguinte ele passou o dia sem a dita e mesmo a noite ele sequer comentou a respeito dela (e todas as chupetas dele que encontrei pela casa escondi muitooo bem). Na segunda feira comprei um presente para ele, que ele levou na casa da vó (mãe da mãe) para mostrar para todo mundo e contar o porque dele ter ganhado o caminhãozinho. Mas eu ainda estava preocupada, porque viajaríamos na terça e achei que a mudança tão grande de rotina traria de volta a companheira indesejável.... mas me enganei redondamente!!! Nem na viagem e na semana inteira que passamos na casa da vó (mãe do pai) ele quis voltar. E olha que a Natália ainda usa e na viagem tivemos que comprar uma chupeta nova para ela, pensei que ele cairia na tentação de ganhar uma chupeta nova e nem isso. Pra não dizer que foi tudo perfeito, só uma noite, depois do banho ele entrou no quarto que dormíamos e fechou a porta. Quando o Rodrigo entrou, ele estava com a chupeta da Natália "escondendo" da gente. Mas nada que uma boa conversa não resolvesse. Combinamos de colocar todas as chupetas dele num pacotinha plástico e colocar na frente de casa para que uma criança que não tivesse dinheiro pudesse pegar e usar. Lógico que elas ainda estão escondidas, mas sei que não vou mais precisar delas mesmo.

E foi assim, sem qualquer esforço da minha parte, que o Pedro deixou de chupar chupeta... assim de uma hora para outra.

Agora queria tirar a da Natália e acho até que não seria difícil, já que muitas vezes ela dorme sem e quase nunca usa durante o dia. Mas o problema é que quando ela dorme sem, ela dorme chupando o dedo.... e depois, lá para frente, como é que tiro o vício do dedo? Na minha família tem casos e mais casos de chupadores de dedos que sofreram para largar... e é como eu sempre digo: a chupeta a gente joga fora, e o dedo??!!
Aí eu não sei o que fazer. Deixo para ver se ela faz igual ao Pedro quando crescer ou não, me arrisco e tiro agora, já que ela nem é tãooo viciada assim? Sugestões, por favor!!!

domingo, 17 de abril de 2011

Pensamentos e Ideais aos 3 anos de idade!


Outro dia, enquanto eu fazia almoço e a Natália dormia, o Pedro estava para cá e para lá, meio sem ter o que fazer. Aí ele chegou na cozinha e tivemos o seguinte diálogo.
- Mãe, sabe o que eu quero?
- O que filho?
-Uma namorada para eu casar!

Achei muita graça, claro. Eu achava que ele não tinha muita idéia do que era namorar e na verdade, acho mesmo que ele não entende, mas achei tão interessante ele relacionar o namorar com o casar. Coisas que passam por essas cabecinhas e a gente nem sonha...

Mas o melhor diálogo ainda estava por vir.

Ele tem ido dormir na minha cama e pela manhã, ao acordarmos, aconteceu assim:

- Mãe, quando meu coração quebrar, eu vou ter um filho! (Realmente, nosso coração se quebra em milhões de pedacinhos de puro amor quando temos filhos... lindo pensamento filosófico em uma mente de 3 aninhos!!!)

Eu sem resposta, apenas emocionada com o comentário.

- Mãe, escuta meu coração para ver se ele já quebrou... mas escuta aqui, ó, deitada no meu peito! (Olhos marejados, deitada sob suas pequenas costelas, ouvindo aquela música linda que vinha de dentro... só o amor conhece esse som!)

E eu falei para ele que não precisa quebrar o coração para ter um filho, que por mim, o coraçãozinho dele não se quebraria nunca!! E ele:

- Ahh mãe, mas eu quero ter um filho para eu amar! (um nó na garganta! Uma emoção tão linda e indescritível...)

- Quando você crescer, você vai ter uma namorada bem legal, vai casar com ela e vocês vão ter um filho. Ela vai ficar grávida igual a mamãe quando estava grávida da Natália, lembra? Com o nenê na barriga.

- E daí eu vou ter meu filho mãe?

- Vai!

- Oba! Daí eu vou poder pegar ele no colo?

- Vai! Vai poder pegar no colo, trocar fraldas, dar banho! Tudo que a mamãe e o papai fazemos para você e para a Natália.

- E daí, eu vou poder brincar de engatinhar atrás dele de pega-pega, e quando ele cansar, eu pego ele no colo e faço ele dormir no meu colo!! (pronto, chorei...)

- Filho, você vai ser o melhor pai do mundo!!!

-Ahhh! "Obidado" mãe!!!

E eu rezei, agradecendo a Deus pelos filhos que me deu e pedindo (se é que eu ainda posso pedir algo a Ele, porque eu realmente acho que tudo de bom que eu precisava nessa vida Ele já me deu... ) para que esses sonhos se tornem realidade...

sábado, 9 de abril de 2011

Um ano...

Dentro de 6 dias será dia 15 de abril. Para mim, um dos dois dias mais lindos da minha vida!!!
A Natália completa seu primeiro ano de vida.
Nossa, como passou rápido e foram tantas mudanças neste tempo que juro, parece impossível em só 365 dias.

Aconteceu, na gestação da Natália, dois fatos bem marcantes, que me causaram muita dor, além do problema no rim dela e de toda a incerteza que isso gerou. Fatos estes que só me deixaram mais inseguras.

Minha gravidez foi confirmada no dia 25 de agosto. No mesmo dia em que morreu um tio muito querido meu. Nem ao velório eu fui, por medo da gripe, que na época, estava matando adoidado. (Meu tio não morreu de gripe, ele teve complicações de um derrame depois de quase 4 anos, mas onde ele seria velado e sepultado haviam 2 mortos pela gripe). Essa foi uma situação bem estranha, para mim claro, uma alegria imensa e uma dor tão grande também. Não sabia nem se eu contava ou não para minha tia e primos a respeito da gravidez. Mas acabou que foi inevitável, porque uma coisa assim a gente não consegue esconder, nem neste caso.

E o segundo fato, foi no dia 25 de novembro, dia em que eu senti a Natália mexer dentro de mim pela primeira vez. Foi a tardinha, eu estava no quarto e comecei a sentir. Liguei para minha mãe para contar para ela e fui fazer pastel, para nós três jantarmos (o Pedro amaaa pastel!!! Quando vamos fazer lanche no shopping ele sempre escolhe pastel!!!) Passado um tempo, nós já estávamos comendo, minha mãe ligou para me contar da morte da Marina, uma menina linda, de apenas 16 anos, que havia passado os últimos 17 meses numa UTI, vitíma de uma bala perdida. Ela era vizinha da minha madrinha e eu vi a menina crescer, tão linda e tão querida. No velório, juro que ela parecia uma boneca de porcelana. Ela era realmente uma boneca. Foi muito triste!!! Sempre digo que ela foi a pessoa de fora da minha família que eu mais chorei a perda...

Esse dois fatos, junto ao caso do rim, me pareciam um sinal, de que alguma coisa ruim ia acontecer com minha filha. Não conseguia acreditar que eu teria ela nos meus braços. Parecia um sonho tão distante, ter ela dentro de mim mas ter a sensação de que eu não a veria crescer. Na gravidez do Pedro, eu não via a hora de que ele nascesse, mas na da Natália, parecia que esse era o único tempo que eu teria ela comigo.

Aí ela nasceu, saudável, grande, linda e minha!!! Então começou a minha vida completa. Completamente completa!!! Claro, por algum tempo ainda tive inseguranças, a gente sabe de tanta história de morte de berço, e ainda penso no rim único dela com receio de que possa acontecer algo ruim, acho que é normal. Só sei que diariamente eu agradeço a Deus por ter minha filha nos braços, por ela se desenvolver normalmente, por ser tão meiga e doce.

Penso que há um ano, tudo era medo e incerteza. Hoje, tudo é festa e alegria:
Ela bate palminhas;
Tem quase 5 dentes;
Engatinha igual à uma aranhinha correndo pela casa;
Sobe as escadas em menos de um minuto;
Ama tomar banho;
Adora brincar com a ração das gatas
Ama o irmãozão dela que consegue tirar as melhores gargalhadas;
Faz caretinha para as fotos;
Penteia os cabelos;
Pega todos os controles, telefones e celulares e (pasmem!!) coloca na orelha e começa tagarelar, que nem gente grande, rsrsrsrs
Tem uma força que até eu perco para ela (não é fácil tirar da mãozinha dela o que ela pega não!!);
É briguentinha e choroninha;
Estranha quase todo mundo, quer dizer, agora menos, porque antes, vixe.... não olhava para ninguém;
Está quase andando;
Fica na pontinha dos pés para alcançar o inalcançável, parece até uma bailarina;
Parece a Betty Boop...

Enfim, eu poderia passar o resto da vida contando suas proezas, mãe coruja que sou...
E ela só está fazendo um aninho, daqui há 6 dias ainda... e Deus vai permitir que ela faça mais um e mais um e mais um e que ela viva por muitos anos. Que tenha anos de alegria e paz e de sonhos realizados... os dela, porque os meus, ela já realizou.