sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Será???




Acho que o Pedro está apaixonadinho!!!

É estranho falar disso sobre uma criança de 4 anos, mas realmente acho que ele está, apesar dele nem saber o que é isso... acho que ele está apaixonadinho pela fonoaudióloga dele! Ele tem todos os sintomas de paixonite: fala muito nela, acha ela linda, disse que quando ele "tiver uma pessoa" vai se chamar Amanda (apesar de eu realmente não ter entendido exatamente o que ele quis dizer com isso, se é quando ele tiver uma namorada ou uma filha ou mesmo um brinquedo tipo bonecos de ação, mas o que vale é a intenção, qualquer uma das opções são indícios...), sempre que a gente vai lá, ele quer levar um presente para ela, já levou flores, porque viu que ela não tinha nenhuma na sala dela, essas coisinhas bonitinhas de apaixonadinhos, guti-guti....

Mas o que me fez realmente acreditar nisso é que como foi aniversário dele semana passada, ontem, na terapia, a Amanda levou para ele um alfajor com uma velinha, cantou parabéns para ele e deu um quebra-cabeça de presente. Ele chegou em casa, montou o quebra-cabeça e me disse que nunca mais iria desmontá-lo!! Hoje, ele me chamou no quarto dele e pediu se eu podia colar o quebra-cabeça na parede para que ele pudesse ficar vendo o tempo todo!! Eu colei no lado do guarda-roupa dele e ele não gostou, porque ele queria de frente para a cama. Aí falei pra ele que no guarda roupa ficou bom, porque sempre que ele entrar no quarto será a primeira coisa que ele vai ver. Aí ele saiu do quarto e entrou de novo e disse:

- Ah, olha o quebra-cabeça que eu ganhei da Amanda!! Primeira coisa que eu vi!!!
Que amor!!!!

A Amanda é uma querida mesmo!! O Pedro só tem motivos para gostar muito dela. Pena que ela se forma no final do ano e então não vai mais atendê-lo na clínica da Universidade. Mas quem sabe não será o Pedro seu primeiro paciente em sua própria clínica?? Acho que ele vai querer!!!

Mas e aí, será que é mesmo sua primeira paixão?? Se for ou não, não vou interferir... ele ainda não entende muito bem o que está sentindo e acho que qualquer coisa que seja dita neste caso pode não ter um efeito muito positivo na cabecinha de uma criança de 4 anos... o melhor mesmo é deixar que ele curta esse sentimento que de qualquer maneira é um sentimento bom, e quando tiver que passar, que seja, sem grande alarde, sem grandes problemas... porque mesmo aos 4 anos, uma paixão, não importa o tamanho, é inesquecível!!!

sábado, 15 de outubro de 2011

4 Anos de você...

4 anos...

A cada 4 anos tem Copa do Mundo...

A cada 4 anos tem Olímpiadas...

A cada 4 anos tem Eleições para Presidente...

Há 4 anos eu me tornei a pessoa mais feliz desse mundo!!!!

Hoje é meu aniversário como mãe, aniversário do Rodrigo como pai, aniversário da minha mãe e da mãe do Rodrigo como vós, aniversário do meu pai como vô e aniversário dos meus irmãos e cunhadas como tios e tias... Hoje é o aniversário do Pedro.

Essa noite, ao deitar, eu e o Rodrigo ficamos voltando no tempo, 4 anos atrás, quando eu praticamente passei a noite em claro, levantei as 5 horas da manhã, tomei banho, fiz uma escova (aí o Rodrigo disse assim: é, fez uma escova e daí, estava com a cara toda inchada, o dia todo!!! e eu: - é, mas pelo menos o cabelo estava bonito, diz que o cabelo estava bonito!!! rs) e saímos de casa. Eu dei entrada na Maternidade Curitiba, as 7 horas da manhã. Minha cesárea estava marcada para as 9h e 30 min. Na maternidade, estavam minha mãe, minha sogra, tia Ninon e Eliana. Mas como faltavam mais de 2 horas para ele nascer, elas foram para a casa da tia tomar café. E eu e o Rodrigo ficamos no quarto, numa espera sem fim. Quando me levaram para a sala de parto, estávamos ainda só nós dois, e como o Rodrigo ia assistir o parto, levaram ele para um lado e eu para outro. Completamente ansiosa para ter meu filho nos meus braços! A cesárea deu tudo certo, e as 9h e 56minutos, com 51 cm e 3,850kg, nasceu o Pedro. A alegria da minha vida, a realização do meu maior e melhor sonho. Ao voltar para o quarto já estavam lá também meu irmão João Luiz, minha outra tia e madrinha Rose, com a Ruth e a Rebeca, o tio Dogla e a bisavó do Pedro, a vó Dionisia.

Hoje, 4 anos depois, cada vez que olho para ele ainda sinto a mesma emoção que senti ao ve-lo pela primeira vez, busco a expressão que ele tinha quando ainda nem havia sido limpo pelas enfermeiras e médicos da maternidade. E sempre encontro o mesmo rostinho, que chorava, assutado com o novo mundo que se desnudava aos seus tão sensíveis olhinhos, a sua tão grandiosa alma. Não me deixaram nem beijá-lo nessa hora, tive que esperar para poder tocá-lo só no quarto.

Tanta coisa já aconteceu em apenas 4 anos... já escrevi alguns posts sobre o Pedro e sei que com ele não ficarei sem assunto nunca. Querem relembrar os melhores, é só ler de novo aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Um menino de uma sensibilidade única, que já tem o sonho de ser pai (está a procura de uma namorada para ter o filho dele!!!), cuida da irmã como um super irmão, um super herói. Ama incondicionalmente essa mãe e o pai que são cheios de falhas, cheios de insegurança, cheios de medos. Ama cada pessoa que faz parte da sua vida. Ama mesmo... e é muito amado de volta.

Hoje, no dia do seu aniversário, meu filho, só tenho a desejar que Deus conceda a todos nós que te cercamos, a graça de termos você sempre por perto, do jeitinho que você é. Desejo a você, que o mundo não te fira, que não te desiluda, que não te magoe e nem te faça sofrer nunca. Desejo a você, absolutamente todas as coisas boas da vida, que todos os seus sonhos se realizem, que você possa aproveitar bem a sua vida, tão doce e iluminada. Que você seja criança por muito tempo, continue brincando com toda a imaginação e criatividade que Deus lhe deu. Que, quando chegar a hora, você se torne um moço honroso e consequentemente um homem maravilhoso, e daí, então que você encontre a mulher que você tanto quer para ser a mãe do seu filho, como você tanto deseja, e assim ser o pai mais legal do mundo!!! Mas por favor, meu Deus, que o tempo passe bemmm devargarzinho para que eu tenha você por muito tempo ao meu lado...

Amo tanto você filho!!! Amo tanto que dói o coração a ponto de encher os olhos de lágrimas tamanho é o amor por você!! Se existe uma palavra maior do que amor, é essa que estou procurando, porque se é possível, eu mais do que te amo....

Obrigada Deus, obrigada mesmo, por ter me feito tão feliz 4 anos atrás e continuar me fazendo dia após dia!!!!

Pedro, poucas horas depois de nascer.

Molequinho sapeca, poucos dias antes do seu aniversário de 4 anos, no Beto Carreiro.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como era ser CRIANÇA na minha Infância!


Ser criança na minha infância... que assunto mais delicioso para escrever as vésperas do Dia das Crianças.

Sem dúvida alguma, a melhor coisa que havia na minha infância era ter meus avós. Nós ficavamos muito na casa deles. A casa da minha vó era grande, com um quintal enorme, com galinhas e gatos e inúmeras possibilidades de brincadeiras ao ar livre. Engraçado... parece que naquele tempo só havia sol, porque eu não lembro de dias de chuva. Nós sabíamos brincar. Nós criávamos nossas brincadeiras... algumas vezes levávamos um tempão para organizar uma casinha, um escritório, um consultório ou uma escolinha e quando chegava a hora de brincar mesmo, perdia a graça.

Nós morávamos 3km longe da casa da vó então, lembro de passar a semana toda indo lá... e do lado da casa da minha vó, era casa das irmãs dela e assim, eu cresci junto da Bruna que é minha prima em terceiro grau, mas na verdade, é mais do que prima, mais do que amiga, mais do que irmã. Eu, Bruna e Rafael, meu irmão, brincávamos o tempo todo. Não perdíamos tempo vendo televisão... ficávamos aqui e ali, inventando brincadeiras e mais brincadeiras... Backyardigans me lembra muito a gente... muito mesmo... eramos muito criativos e inventivos, assim como eles. Incentivo o Pedro a inventar suas brincadeiras e fico tão feliz quando vejo que ele está aprendendo a brincar assim, sem depender de brinquedos caros nem de computadores.

Lembro que uma das nossas brincadeiras favoritas era escritório. Nós não tínhamos telefoninhos de brinquedo, nem pensávamos em computadores. Então, improvisávamos. Ganhei de uma tia, que era irmã da minha vó, um vidro vazio de perfume que era no formato de telefone e era com ele que brincávamos. Pegavamos papel, caneta e o telefoninho e passávamos horas brincando de escritório, escrevendo fichas para preencher com dados de nossos "clientes". Tudo tão fácil e simples. Fico imaginando se o Pedro e a Natália fossem inventar essa brincadeira hoje seria assim: 2 celulares e o notebook com mais de 60 atividades e só. Nenhum papelzinho, nem para lembretes... não teria nem graça arrumar a mesa do escritório.

O tio da Bru tinha marcenaria. Nós amávamos brincar lá. Pegávamos restos de madeira e colávamos, fazíamos casinhas, fantoches, qualquer coisa que quiséssemos. E até vendíamos!! Ficávamos na frente da casa da tia Yolanda (vó da Bru), oferecendo para quem passasse na rua. E vendíamos quase tudo!! Era muitooo bom!!!

Outra grande diferença são os preços dos brinquedos. Quando eramos crianças, brincavamos com o que tínhamos e inventavamos mais do que tudo. Hoje, para começar a brincar de casinha por exemplo, tem que ter todo um arsenal de brinquedos. Kits de cozinha, com panelinhas, pratinhos e tudo o mais, podem ser encontrados em qualquer loja de R$ 1,99. Ah, mas não dá para ser feliz brincando de casinha sem uma cozinha completa por exemplo, que custa um absurdo, isso quando não é casa completa, parcelada em suaves prestações por mais de um ano!!!! E que geralmente não duram o tempo do pagamento, porque se não quebram, logo eles enjoam e então já estão querendo outro presente igualmente caro.

Isso ainda sem contar os video games e computadores!!! Nós tinhamos um Atari e adoravamos. Aí um primo comprou o Mega Drive e ficavamos bem loucos para que ele estivesse em casa para que pudessemos jogar um pouco na casa dele, que era no meio, entre a casa da minha vó e da vó da Bruna.

Eu ainda sou criança. Aproveitei bem minha infância e hoje tenho tanta saudade. Será que as crianças de hoje, que aos 11 anos já não brincam mais, já lêem revistas de adolescentes, vivem na internet, sabem tudo de moda, maquiagem, computadores e video game, são da geração do descartável, não criam vínculo com brinquedo nenhum, vão ter uma boa lembrança da infância? Será que vão crescer frustradas porque não tinham celular celular aos 7 anos? Será que sentirão saudades dessa que é a melhor fase da vida e a mais curta ou será que darão graças a Deus por ter terminado? As crianças estão crescendo mais rápido, com mais responsabilidades, com menos tempo para ser criança.

Ser criança pelo maior tempo possível, não deixar a criança que existe em você desaparecer... é só tornar a vida mais simples, exatamente COMO ERA SER CRIANÇA NA MINHA INFÂNCIA.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Olhar para um filho que está dodói....




Faz 4 dias que a Natália não está bem...

Começou de madrugada, com febre. Passou o dia meio amuadinha, chorosinha, querendo mais colo do que tudo. Graças a Deus, colo é algo que nunca lhe falta, quando não é mamãe e papai, tem vovó, vovô e uma inifinidade de tios e tias que é de tirar o chapéu. Dormiu bem a noite toda, acordou mais cedo do que de costume ardendo em febre... teve diarréia, não quis comer quase nada... e nessas horas, quem disse que consegui falar com o pediatra?? Então bora correr no hospital para uma consulta. Como algumas coisas são "surpreendentes" né?? A médica que estava atendendo era uma que já consultou a Natália em outra ocasião. Eu não gostei muito dela, a Natália chora demais em qualquer consulta e ela mal tocou na Natália aquele dia... uma consulta totalmente mecânica, paga pelo plano de saúde. Acontece, que desde que o Rodrigo mudou de emprego, estamos sem plano, então na segunda vez, pagamos a consulta a vista, R$ 80,00. A mesma médica parecia outra médica!! Super atenciosa, examinou muito bem a Natália, até deu pra gente amostras dos remédios que precisariamos dar para ela. Ficamos um tempão no consultório. Mas como disse o Rodrigo, estava com a grana na mão, né?? E mesmo assim não me inspirou confiança. Como temos isso com médicos, não é? Uns a gente gosta simplesmente ao abrir a porta do consultório, outros não tem jeito... parece que falta alguma coisa (falta simpatia, falta dedicação, falta confiança, falta tato, falta sensibilidade, falta quase tudo, só tem técnica mesmo e quando tem....). Não gostei do diagnóstico, que para variar, era de virose... a médica disse que ela levaria de 10 a 15 dias para melhorar!!! E receitou para ela só antitérmico e um pra vômito (porque a Natália vomitou também, mas foi uma só vez e tão pouco) e mais dois para repor sais e flora intestinal. Mas qual é o remédio para acabar com essa virose que estava maltrantando meu nenê??

No dia seguinte, dando só o antitérmico porque ela não estava mais vomitando e nem amarrada ela tomou os repositores, ela acordou pior que no dia anterior. Quem aguenta ver seu tesourinho ali, daquele jeito, por mais 10 dias?? Eu não consigo!!! Não dormiu quase nada a noite. De manhã quase não conseguia levantar a cabeça, tão fraca estava. E pálida que dava dó. Só tinha olheiras.

É de cortar o coração de qualquer mãe ver o filho nessas condições. Ainda mais a Natália que é toda elétrica, espoleta, não fica mais do que 5 minutos fazendo a mesma coisa. Ver ela numa condição que mal se aguenta é muito desesperador. Então, corremos para o Pequeno Príncipe, em Curitiba. Pagamos outra consulta. Desta vez, a médica que nos atendeu foi muito mais atenciosa, tanto que a Natália que é um escandalo chorou muito pouco! A primeira coisa que ela mandou foi fazer um exame de urina, já que a Natália só tem um rim, tem que descartar a hipótese de infecção urinária (tá bom confesso que esqueci de contar para a primeira médica do rim único... mas também não pensei que poderia ter alguma coisa a ver.) Lá vamos nós de novo com a nossa saga de coletores... lembram desse dia aqui?? Me desesperei em pensar passar por tudo de novo! E, de novo, sem xixi no pacotinho!!! Mas como eu disse antes, tem médico que cativa só ao abrir a porta, e assim foi a Dr. Emma. Ela já mandou os remédios para a Natália mesmo sem o resultado do exame em mãos. É o mesmo antibiótico que a Natália tomou na primeira infecção que teve. Então, mesmo sem o xixi no pacotinho, e consequentemente sem exame de urina, ela começou a tomar o antibiótico e um antiinflamatório. Hoje já acordou mais animadinha e mesmo tendo passado a manhã toda deitada vendo Backyardigans, já dá para ver que ela está melhorandinho. Agora a pouco, teve uma crise que foi realmente assustadora. Ficou mais de 10 minutos chorando e gritando sem parar... e nada do que eu fizesse ou deixasse de fazer acalmava a mocinha. Ela chorou até dormir, soluçando... e aqui está ela, ao meu lado, dormindo, choramingando de vez em quando, gemendinho. Espero que agora ela esteja corretamente medicada, e assim caminhando para melhorar logo.

Mas que corta o coração de qualquer mãe ver a cria fora de seu estado normal, ah, isso corta. E como dói.... só desejo mais do que tudo nessa vida que o quanto antes ela esteja 100% de novo.